Boa tarde, pessoas !!!
Segue abaixo um artigo muito interessante referente à Reconstrução Mamária.
O mesmo foi escrito por um grande amigo e cirurgião plástico, Dr. Gilberto.
Leiam pois são informações importantes e esclarecedoras !
Beijos e boa leitura !!!
Reconstrução Mamária é o nome
dado a um grupo de cirurgias que visa a reparação de uma mama, total ou
parcialmente.
A necessidade da reconstrução de mama pode ser decorrente de:
1-) má formação congênita
2-) deficiências de crescimento mamário por fatores traumáticos
3-) seqüelas de mastectomia total, parcial (quadrantectomias) ou de tumorectomias
4-) seqüelas de queimaduras
5-) necrose por infecção (por exemplo, em casos de mastite puerperal)
6-) outros
Na prática clínica, temos a reconstrução decorrente de mastectomias (totais ou parciais) em torno de 90% dos casos.
Este ramo da cirurgia plástica foi um dos que mais se desenvolveu nos últimos vinte anos, proporcionalmente ao aumento da incidência do câncer de mama e na diminuição da faixa etária da população atingida.
Graças ao avanço médico-tecnológico, dos exames diagnósticos, da evolução dos quimioterápicos, da radioterapia, do mapeamento genético, da evolução das cirurgias já aceitas como profiláticas para os casos de alto risco, e da conscientização da população da necessidade de sua prevenção, hoje consegue-se uma quantidade de diagnósticos precoces muito grande, o que resultou em diminuição da quantidade de mastectomias totais, e aumento das quadrantectomias.
Acima de tudo, obteve-se o mais
importante: o aumento do índice de cura, e a melhora na sobrevida das
pacientes em tratamento.
Já, há cerca de vinte anos
iniciamos um trabalho multidisciplinar na abordagem destes pacientes, mostrando
a importância da participação de diversos profissionais como psicólogos,
fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, além da equipe
médica formada por mastologistas, cirurgião plástico, oncologista e de
enfermagem, assim como um grupo voluntário, e de apoio referente a temas como a
questão do cabelo, e a sua reparação durante o período de quimioterapia.
Todos estes fatores citados, juntamente com a percepção que a reparação das mamas, a não mutilação, o " sentir- se inteiro” eram benéficos para as pacientes no aspecto emocional, e que este, em equilíbrio, favorece o tratamento, optou-se por oferecer a reconstrução mamária mais precocemente (após a mastectomia) ou ainda imediata (junto com a mastectomia), de acordo com o caso.
Várias são as técnicas que podem ser utilizadas, independente da opção imediata ou tardia, e que são:
1-) reconstrução mamária com expansores teciduais, seguido do uso de prótese,
2-) reconstrução mamária com retalhos miocutâneos de músculo grande dorsal e prótese,
3-) reconstrução mamária com retalho miocutâneo de músculos abdominais,
4-) reconstrução mamária com retalhos micro-cirúrgicos,
5-) reconstrução mamária com retalhos dermogordurosos de vizinhança e prótese.
2-) reconstrução mamária com retalhos miocutâneos de músculo grande dorsal e prótese,
3-) reconstrução mamária com retalho miocutâneo de músculos abdominais,
4-) reconstrução mamária com retalhos micro-cirúrgicos,
5-) reconstrução mamária com retalhos dermogordurosos de vizinhança e prótese.
A escolha da técnica a ser utilizada vai depender principalmente:
1-) das condições locais de pele e músculos (área que vai receber o expansor ou retalhos)
2-) condições das áreas doadoras (costas, abdome, locais que cederão retalhos)
3-) biótipo (características físicas de quem necessita da cirurgia)
4-) forma e volume da mama oposta
5-) forma do tórax
6-) peso
1-) das condições locais de pele e músculos (área que vai receber o expansor ou retalhos)
2-) condições das áreas doadoras (costas, abdome, locais que cederão retalhos)
3-) biótipo (características físicas de quem necessita da cirurgia)
4-) forma e volume da mama oposta
5-) forma do tórax
6-) peso
Estes dados serão analisados pelo cirurgião a partir de sua própria experiência.
Atualmente tem sido realizado,
graças ao diagnóstico precoce, uma abordagem cirúrgica, com a tendência de
maior preservação da pele e do complexo aréolo-papilar (quando possível), o que
tem permitido ótimos resultados, dispensando o uso de retalhos à distância,
sendo estes utilizados somente naqueles casos de ressecções maiores.
A soma destes fatores, nos
permite oferecer à paciente melhores condições de saúde física e psíquica, bem
estar e integração social e profissional.
A evolução pós operatória é individual, e de acordo com a técnica utilizada.
Os fatores limitantes variam de
acordo com o porte da cirurgia, como por exemplo nos casos das próteses e
expansores, geralmente um dia de internação e restrição mínima, e no caso dos
retalhos dorsal e abdominal, um período de dois a três dias de internação
em média, e restrição maior de esforço físico, e com recuperação em torno de 30
dias.
Os riscos são inerentes às condições de cada paciente, e as co-morbidades como hipertensão arterial, diabetes mellitus e tabagismo devem ser consideradas, pois, apesar de não impedirem a cirurgia, poderão ajudar a equipe a decidir por uma técnica menos agressiva, com cirurgia de menor porte, a fim de proteger a paciente.
É importante identificar o melhor
momento para a realização da cirurgia para cada paciente, de acordo com a
gravidade do seu caso e das suas expectativas, sempre lembrando de como essa
cirurgia ajuda na reabilitação.
Algumas destas cirurgias são feitas em um só tempo, e em outras 2 ou 3 tempos podem ser necessários.
Em boas condições, a reconstrução mamária imediata permite a continuidade do tratamento (quimioterapia e radioterapia) sem prejuízo à paciente.
Em conclusão, a reconstrução mamária é um procedimento seguro, cada vez mais adotado devido à sua importância, e capaz de devolver à mulher o bem estar, a auto estima e a vontade de viver, traduzido pela qualidade de vida recuperada e pela eliminação da sensação de mutilação.
Gilberto Luiz Gonzalez Monteiro - Cirurgião Plástico
- Responsável pelo Serviço
voluntário de reconstrução mamária em conjunto com o Depto de Ginecologia e
Mastologia, no Hospital Guilherme Álvaro - Santos - SP. de 1994 a 2000.
- Fundador do Instituto Neo-mama
(Santos).
- Atualmente nos Hospitais Santa
Paula (São Paulo), Casa de Saúde e ISO ( Instituto Santista de Oncologia)
Hospital Dia (Santos).
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